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Você já ouviu falar do Boiadeiro de Berna? Ou, talvez, já tenha visto um Bernês? Na verdade, essa raça tem inúmeras variações de nomes, mas você deve conhecê-la por bernese.
De porte grande, pelos macios e volumosos e um rostinho que parece um sorriso, o bernese é uma raça encantadora e daquelas em que é impossível ver e não fazer um cafuné.
De origem suíça, esses peludos tem um histórico de guarda, pastoreio e tração. Gigantes e musculosos e, ao mesmo tempo, dóceis, gentis e protetores, eles demandam um nível de energia acima da média.
Há muito o que falar sobre esses grandões, desde a sua história, características físicas e comportamentais a informações sobre higiene, alimentação e adestramento. Confira tudinho neste guia de raças completo do bernese! 🐶
A vida do bernese — ou do Berner Sennenhund, como é conhecido no seu país natal — começa no século XVIII, nos campos agrícolas dos Alpes de Durrbach, região suíça onde viviam muitos exemplares da raça.
Por ter um porte avantajado e capacidade física acima da média, esses cachorros eram usados como cães de pastoreio e, inclusive, de tração de gado, atividade em que precisavam puxar carroças ou pequenos carrinhos com produtos das granjas onde viviam.
Apesar da função de guarda e proteção, nunca foram cães considerados bravos ou agressivos. O seu tamanho, unicamente, já era capaz de afastar predadores ou invasores de terras.
O bernese foi um sucesso até os anos 1800. À época, a Revolução Industrial (1760-1840) estava a todo vapor na Europa. Com novos processos de industrialização, as atividades do campo foram cada vez mais modernizadas. A raça, portanto, perdeu espaço e chegou a quase ser extinta.
Outro fator que pode ter influenciado a diminuição de exemplares da raça foi o surgimento de outro cachorro suíço, o São Bernardo — um cão tão grande, robusto e musculoso quanto o bernese —, que acabou tirando o protagonismo do bernês.
Por volta da década de 1910, alguns exemplares do bernese começaram a participar de exposições caninas. Logo em seguida, surgiu o Clube Suíço de Durbach, um coletivo de tutores simpatizantes da raça que contribuiu para não deixá-la acabar.
Os esforços deram certo e, em 1926, o primeiro bernese foi exportado para os Estados Unidos, por um fazendeiro que morava no estado do Kansas. Desde então, o sucesso da raça só aumentou, principalmente após o registro da raça pela American Kennel Club, em 1937.
Hoje, o bernese é um cãozinho extremamente requisitado para os lares do mundo, inclusive do Brasil. Agora, não mais para trabalhos no campo, mas para encher de amor, carinho, energia e companhia suas famílias humanas.
É impossível citar os atributos físicos do bernese e não começar falando do seu maior charme: as orelhinhas caídas! De tamanho médio e formato triangular, elas balançam para cima e para baixo quando o cachorro se movimenta.
Outro aspecto característico da raça é o seu porte. O bernese ainda carrega seus hábitos ancestrais de guarda e pastoreio. Por essa razão, trata-se de um cachorro forte, grande e apto a qualquer trabalho físico.
Acostumado ao frio dos Alpes Suíços, esse gigante é capaz de aguentar baixas temperaturas. Aliás, podemos dizer que o inverno é a estação preferida desses peludos.
Seu crânio é levemente arredondado e não tão marcado. Os olhos são amendoados e bem chamativos. Já a cauda é toda emplumada e volumosa, trazendo um andar encantador e imponente para a raça.
Peso:
Macho: 55 kg a 65 kg
Fêmea: 40 kg a 50 kg
Comprimento:
Macho: 63 cm a 70 cm
Fêmea: 58 cm a 66 cm
Altura média: 62-72 cm
Não é exclusividade do bernese, mas da maioria dos cachorros de porte médio e grande: sua expectativa de vida é baixa. Em média, um cãozinho da raça pode viver entre 7 e 9 anos.
Essa estimativa pode diminuir ou aumentar de acordo com o estilo de vida do cachorro ao longo da vida. Alguns dos fatores que influenciam na longevidade do bernese são:
Alimentação de qualidade
Enriquecimento ambiental
Passeios diários
Idas frequentes ao médico-veterinário
Cumprimento do calendário vacinal e de vermifugação
Pode não parecer, mas a pelagem do bernese é espessa e muito densa, com fios grossos. A raça possui duas camadas de pelo: a camada externa é longa e sedosa (quando bem escovada), enquanto o subpelo tem uma consistência mais lanosa.
Seus pelos sempre serão tricolores: predominantemente preto nas costas, marrom nas patinhas, e o rosto com tonalidades bem divididas, criando uma máscara branca bem característica, junto a manchas castanho-avermelhadas.
O investimento para ter um filhote da raça bernese é elevado, em comparação com raças de porte médio e grande no Brasil. O preço pode variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, dependendo da região do país, do calendário vacinal, do sexo do animal e se a castração foi realizada.
Lembre-se que esse valor corresponde somente à aquisição do filhote. Os custos com esse animalzinho ao longo da vida podem chegar a quase R$ 8 mil ao ano.
Isso inclui o investimento em alimentação de qualidade, variedade de brinquedos, manutenção do espaço, idas ao médico-veterinário, banhos e custos pontuais, como petiscos, roupinhas e medicações.
No momento da compra, faça uma boa pesquisa e busque canis legalizados e com boas recomendações. Assim, você evita ser enganado e não corre o risco de financiar canis que podem não dão o tratamento adequado aos cães.
Outra opção é buscar filhotes disponíveis para adoção. Tratando-se do bernese, essa tarefa vai ser um pouco difícil. No entanto, se puder escolher, sempre opte pela adoção.
O bernese é a prova viva que um cachorro grande e musculoso pode ser tão brincalhão, amoroso e obediente quanto. Ele é uma fofura só! ❤️
Mas não pense que esse comportamento surge naturalmente. Apesar de terem a tranquilidade, a obediência e a lealdade como características inatas, eles são cachorros que acompanham a atividade e personalidade dos tutores.
Isso significa que eles vão absorver os hábitos dos donos e dar somente o que recebem.
Geralmente, tutores de bernese relatam que eles são cachorros extremamente inteligentes, disciplinados, ágeis e atentos em tudo à sua volta. Porém, há uma coisa que os faz perder a energia e diminuir os níveis de felicidade: a solidão.
Sua ancestralidade está diretamente ligada à companhia e à guarda. Esses peludos aprenderam que, além de proteger, precisam da proximidade com sua família humana.
O bernese, portanto, não é um cachorro para deixar sozinho no quintal e visitá-lo algumas vezes ao dia: eles precisam de muito afeto, carinho e, principalmente, atenção e cuidados.
Sendo assim, se você nunca cuidou de um cachorro, pode não ser uma boa ideia começar essa tarefa com um bernese. A guarda desse doguinho é recomendada para tutores experientes e com bastante tempo para dedicação ao animal.
O bernese não é uma raça que costuma latir muito. Inclusive, seu latido é contido até mesmo para reportar algum perigo.
Latidos em excesso sinalizam algum problema. Se isso estiver acontecendo com o seu bernese, dê mais atenção ao problema, pois significa que ele está com algum incômodo físico ou mental.
É comum que a falta de enriquecimento ambiental, do tempo dedicado entre tutor e animal e de passeios regulares influenciem na frequência dos latidos.
Mais do que necessário, eles amam ser adestrados e aprender comandos novos. O adestramento para esta raça costuma ser tranquilo, uma vez que o bernese, além de obediente e disciplinado, é um cachorro inteligentíssimo.
Por ser um cachorro grande, ele precisa ser adestrado desde filhote. Caso contrário, o animal pode não aprender comandos básicos de socialização e surpreender visitas e outros animais da casa.
Porém, todo cachorro é único e, talvez, você possa enfrentar desafios que outros tutores de bernese não enfrentaram. Se o cachorro já tem um histórico de criação com outro dono, por exemplo, ele pode apresentar comportamentos diferentes, e o processo de adaptação pode ser mais difícil.
Se estiver tendo muitas dificuldades em ensinar comandos básicos ao bernese, contratar um profissional de adestramento pode ser uma boa ideia.
Qual filhote canino, independentemente da raça, não é destruidor e bagunceiro? O problema está quando esse comportamento o acompanha para a fase adulta, criando situações desagradáveis.
Quando um cãozinho recebe afeto e atenção diariamente, tem brinquedos à disposição, vive em um espaço limpo e amplo, faz passeios frequentes e visitas rotineiras ao médico-veterinário, pode-se dizer que a sua “barrinha de cuidados” está preenchida.
Quando uma ou mais dessas tarefas é negligenciada, o cachorro busca alguma forma de preencher essa falta. Alguns se entristecem, outros comem demais e há aqueles que descontam tudo na destruição de móveis, brinquedos e itens da casa.
Se isso estiver acontecendo, busque auxílio do médico-veterinário de confiança para entender a origem desse comportamento e buscar formas de canalizar essa energia para outras atividades.
O bernese tem fama de ser “boa praça” com todos os moradores da casa, sejam eles humanos ou outros bichinhos de estimação.
É comum que a raça tenha esse espírito guardião e busque proteger a família (humana e canina) dos perigos externos. Porém, quando não está com esse sinal de alerta ligado, ele costuma ser um cão extremamente brincalhão e divertido.
Importante: evite deixar crianças muito pequenas com o bernese sem supervisão. Por vezes, esses peludos esquecem o tamanho que têm, podendo gerar incidentes graves.
Para ter um bernese de estimação, é preciso estar ciente que o tempo dedicado para os seus cuidados é alto e não deve ser abdicado. O trato com a pelagem e a higiene em geral, com o gasto de energia diário e com a alimentação pode ser custoso para tutores desavisados.
Os berneses, assim como a maioria dos cães de montanha, tem uma grande necessidade de caminhadas e exploração de novos ambientes. Esse desejo inato da raça deve ser atendido, o que vai exigir um preparo físico dos donos.
Esses cães da raça exigem, no mínimo, 40 minutos de caminhadas diariamente. Esses passeios podem ser intercalados, desde que cumpram o tempo mínimo de exigência.
Não pense que as caminhas são suficientes. O bernese é um cachorro que ama diversão e momentos com seus tutores, logo, separar um tempo todos os dias para brincar junto do seu peludinho preferido é fundamental para a saúde mental da raça.
Não economize na intensidade das brincadeiras, já que esses grandões adoram uma canseira.
Brincadeiras como correr, pegar a bolinha e cabo de guerra, por exemplo, são diversão garantida para os momentos ao lado do bernese. Se puder, invista em brinquedos interativos, como o Kong, para potencializar ainda mais sua inteligência.
Como já comentamos no texto, a expectativa de vida do bernese pode não ultrapassar os oito anos de idade. A explicação para o curto tempo de vida está nos problemas de saúde que a raça pode desenvolver. Conheça os principais:
Esse é um problema que atinge a maioria dos cães que não tiveram uma boa higiene bucal ao longo da vida. O tártaro acontece pelo acúmulo de resíduos alimentares na boca do pet, que acabam se transformando em placas bacterianas.
O problema é grave e pode causar infecções, inflamações na gengiva e, no pior dos casos, a perda precoce dos dentes.
Essa doença endócrina atinge a glândula do pescoço chamada de tireoide, encarregada da produção hormonal nos cachorros.
Dentre as consequências mais graves da doença estão a obesidade, uma vez que, por conta da redução hormonal, o cãozinho reduz suas atividades no dia, optando pela ociosidade.
Recomendado para você: como evitar a obesidade canina?
Também conhecida como displasia coxofemoral, é um certo “desencaixe” da articulação localizada no quadril com a cabeça do fêmur, conhecida como acetábulo.
A origem da doença pode ser hereditária e acometer peludos ainda jovens, a partir dos quatro meses de idade. A mobilidade do cão é afetada e ele pode apresentar dificuldade em correr, sentar, deitar, ocasionando certa ociosidade.
Assim como a de quadril, a displasia de cotovelo é uma doença hereditária comum para cães da raça cane corso. Essa anormalidade óssea afeta o desenvolvimento da articulação úmero-rádio-ulnar, comprometendo a mobilidade do animal.
O problema pode ser resolvido por intervenção cirúrgica e, posteriormente, em sessões de fisioterapia canina.
Tutores de bernese devem ficar atentos aos sinais da Doença de Von Willebrand, uma deficiência hereditária que está na proteína do sangue, impactando no número de plaquetas no organismo dos cães.
A enfermidade tem três graus de gravidade. No pior dos casos, o cão pode entrar em hemorragia.
Atingindo a pele do animal, a dermatite é um espécie de alergia causada por fatores ambientais, por produtos de higiene, picadas de pulgas e carrapatos, alimentação desregulada e, até mesmo, por estresse.
Essa inflamação, que tem origem bacteriana, viral, fúngica ou por protozoário, pode causar vermelhidão, feridas e coceira, tirando a paz do animal.
A doença, na verdade, não se trata de uma torção, mas da dilatação do estômago do pet após a ingestão de uma quantidade muito grande de comida ou quando feita de maneira muito rápida.
O bernese, sendo um cão de porte grande que exige uma grande quantidade nutricional no dia, precisa ser adestrado desde filhote para evitar comportamentos como esse.
Importante: faça consultas regulares ao médico-veterinário. Algumas doenças são silenciosas e, por isso, precisam de exames específicos para serem detectadas. A prevenção é o melhor caminho!
Se quiser manter os pelos do bernese brilhantes, sedosos e macios, prepare-se para gastar muito tempo nessa atividade. O recomendado é escová-los, pelo menos, três vezes na semana.
A prática regular de escovação contribui para tirar os pelos mortos, eliminar os parasitas que possam ter grudado durante o passeio e, principalmente, manter a qualidade exuberante da pelagem desse gigante.
Por ser um cachorro originário das montanhas e acostumado com baixas temperaturas, o verão é uma época crítica para a raça, que costuma soltar muitos pelos durante a estação.
Além dos cuidados com a pelagem, existem outras demandas de higiene fundamentais para manter a qualidade e a beleza de um verdadeiro Boiadeiro Bernês!
Esqueça a ideia de que cachorro precisa tomar banho toda a semana. Com raras exceções de cães que realmente se sujam bastante todos os dias, exagerar na quantidade de banhos pode trazer prejuízos para a pele do animal, como inflamações e infecções bacterianas.
No caso do bernese, não é diferente. Como ele costuma ser escovado com frequência, os banhos não são tão necessários assim.
Qual, então, deve ser a frequência? Um banho por mês é o suficiente para manter seu cãozinho bernês limpo e livre de impurezas. No entanto, se ele teve um dia de aventuras e está evidentemente sujo, não espere passar um mês para limpá-lo.
Importante: tome cuidado no momento de secá-lo. Quando isso não é feito da maneira correta, a pele do bernese pode ser uma porta de entrada para diversos parasitas, causando muitos problemas, como a dermatite.
Engana-se quem pensa que aquelas unhas gigantes são normais para um cachorro. Na verdade, além de atrapalharem a mobilidade do peludo, elas podem causar acidentes com ele e também com humanos.
Por isso, o ideal é cortá-las, pelo menos, uma vez a cada duas semanas.
Aprenda como cortar unha de cachorro clicando aqui.
Muito cuidado nessa atividade, tudo bem? Cortar a unha além do limite pode causar acidentes e sangramentos. Na dúvida, leve o pet a uma clínica de estética especializada para essa atividade.
Os dentinhos do bernese devem ser escovados diariamente! Se não tiver tanto tempo para isso, tente, pelo menos, fazer duas vezes na semana.
O hábito da escovação dental previne doenças e mantém a saúde dos dentes do cachorro por mais tempo, evitando o tártaro e outras infecções.
Ter um bernese e não investir em uma boa alimentação prejudica completamente o desenvolvimento físico e mental do pet.
A escolha da ração, principalmente para raças com expectativa de vida mais baixa, deve ser prioridade para os tutores. Por isso, jamais escolha qualquer ração ou dê comida de humanos para o animal.
Rações Premium e Super Premium e as naturais são as alternativas mais saudáveis para o bernês, pois contemplam os nutrientes necessários para o organismo do pet e, em sua grande maioria, estão livres de transgênicos, corantes e conservantes.
Assim como a qualidade do alimento, a quantidade que o bernese vai comer no dia é outro ponto de atenção. As porções não podem ser insuficientes ou muito além do ideal.
Lembre-se que a obesidade é uma doença perigosa e pode surgir em casos de tutores que acham que devem encher o pote de ração sempre que ele estiver vazio.
O acompanhamento com o médico-veterinário é essencial para definir tanto as marcas mais indicadas para o bernese quanto o volume de ração que ele deve consumir durante o dia.
Se você vai receber um filhotinho de bernese, esteja ciente de que os cuidados com a sua saúde começam logo quando ele chega. Alguns canis da raça liberam o filhote só depois dos 60 dias, então esse animalzinho já vem com alguma bagagem — o que pode ser bom ou ruim.
A princípio, preocupe-se em providenciar um cantinho enriquecedor para o animal, com caminha ou casinha, brinquedinhos e toda a segurança que ele precisa.
O comedouro de ração e o pote de água devem ser de acordo com a altura do filhote: nem tão grande nem tão pequeno. Organize para que esses recipientes estejam em um lugar fácil de encontrar.
Se já houver a presença de outros animais na casa, faça a introdução do filhote aos poucos. Você pode deixá-lo livre para que cheire todos os membros da casa, mas deve ficar de olho para situações em que o outro pet não encare muito bem o “intruso”.
Por fim, o acompanhamento do bernese desde filhotinho junto a um médico-veterinário é essencial para definir a dieta, vacinação e cuidados gerais com o pet.
Jamais adie ou deixe de aplicar alguma vacina obrigatória. O mesmo vale para a vermifugação.
As vacinas V8 ou V10 e antirrábica são obrigatórias anualmente, além da vermifugação que deve acontecer com a frequência indicada pelo veterinário, que normalmente é de 4 em 4 meses.
Importante: consulte o médico veterinário sobre a dosagem ideal da vermifugação e também quanto à necessidade de outras vacinas anuais não-obrigatórias, como as doses contra Traqueobronquite Infecciosa (''Tosse dos Canis''), giardíase e Leishmaniose Visceral Canina.
Amantes do frio | Originários dos Alpes Suíços, esses cachorros têm uma forte resistência ao frio. Quando ainda eram usados como cães de pastoreio e tração, conseguiam suportar temperaturas abaixo de zero.
Patrimônio suíço | A raça é um verdadeiro patrimônio na Suíça, sendo citado em histórias, contos e mitologias.
Ancestralidade | A raça é uma das quatro variações dos cachorros das montanhas que povoavam as regiões agrícolas na Suíça. As características que vemos hoje no bernese foram aprimoradas nos últimos 200 anos.